domingo, 29 de novembro de 2009

DO CINEMA PARA O GLOCAL

Pois é. A gente vive aqui e de repente descobre que
aqui pode ser outro lugar.
Um lugar desconhecido, ou nunca visto, ou nunca notado.
(Luiz Fernando Verissimo)



Acredito que o reconhecimento do local e do espaço em que vivemos é essencial para que possamos realizar intervenções mais significativas.
Sendo assim, vejo que a escola é um dos meios que de maneira intencional e organizada, não só deve como também pode contribuir para a melhoria do ser humano e da própria sociedade, entretanto, é mais do que importante que ela se reconheça nesse meio e perceba seu papel como mediadora do desenvolvimento humano e social. Partindo desse presuposto, é que devemos construir uma prática onde seu contexto sociocultural dos educandos e educandas, seja o ponto de partida para as ações pedagógicas, invertendo assim o discurso de que a escola precisa se adequar a realidade.
Durante esse processo de formação, uma das atividades que mais me chamou atenção foi o filme apresentado pelo grupo de estudos cinematográfico, Aspirinas e Urubus, o qual retratava a história de dois homens um nordestino outro alemão que pertenciam a culturas diferentes, porém ambos viviam numa pespectiva de sonhos, o alemão fujindo da guerra o nordestino da fome, além dessas caractéristicas que o filme possuia, ainda trazia nas suas imagens uma paisagem original do semi-árido do sertão brasileiro, emfim todo esse contexto me proporcionou a buscar um conhecimento mais amplo do que é o Semi-Árido, uma vez que já estavamos desenvolvendo um trabalho pedagógico estruturado em temas que abordavam questões mais específicas como, clima, vegetação, meio ambiente, a água e toda as especificidades do local. Um trabalho desenvolvido não só com a comunidade escolar mais também com a comunidade local com o objetivo de conhecermos mais um pouco do contexto nordestino e também com o proposito de resgatar a história da própria comunidade.Diante dessa realidade as reflexões foram surgindo e tanto os alunos quanto a comunidade sentiram-se provocados diante dos fatos que antes eram tidos como comuns,permitindo, assim,vivenciar atitudes mais propositivas e conscientes.
Acredito que a educação pautadanos conhecimentos e nos princípios da convivencia com o meio natural e social,permiti a formação holistícade homens e mulheres, fortalecendo a sua identidade e criando novas possibilidades no relacionamento deste com o mundo.

“Aprendi que se depende sempre
de tanta muita gente.
Todas pessoas sempre é a marca
das lições diáris de tantas outras
pessoas”.(Gonzaguinha)

É nessa pespectiva que acredito que quando a situação é colocada de forma real, o cotidiano passa a deixar de ser comum e passa a ser um objeto de indagação e questionamento, fazendo com que o sujeito perceba o mundo de uma forma global e mais complexa.

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