domingo, 29 de novembro de 2009

ALFABETIZAÇÃO UM PROCESSO CONTÍNUO

“O grande papel do alfabetizador é ensinar ler;
ler de “verdade”com fluência natural, sem decifrar o código escrito,
sem tropeçar nas letras, sílabas e frases, ler como se respira”.

(Ferreiro,2000.pág 09)




Realmente, um dos nossos papéis enquanto alfabetizador é ensinar os alunos e alunas a ler e escrever, porém sabemos que está é uma tarefa que não acontece de uma hora pra outra,entretanto, esse “papel” só será possível concretizar-se quando os textos trabalhados em sala de aula interessarem de uma forma ou de outra aos alunos e alunas.
Acredito que alfabetizar vai muito mais além do que ler e escrever, é dar instrumentos aos estudantes para que eles possam fazer uso dessas habilidades adquirida das á fins práticos, mas principalmente favorecer a eles uma leitura prazerosacom emoções,estéticas e éticas, sem “mandar”, más sim ensinando-os a gostar de ler.
O domínio e a habilidade da leitura são condições essenciaspara enfrentar as exigências do mundo contempôraneo em que estamos inseridos, essa exigências apontam para uma sociedade de informação onde poucos dominam e detém o poder de se informar.Entretanto a capacidade de ler depende do sentido que a mesma tem para as pessoas.
A leitura é um pouco complexa, no entanto de suma e fundamental importância para a vida das pessoas, até por que a leitura está constantemente presentes em nossas atividades cotidianas, pois faz-se necessário o uso das mesmas para darmos conta de grande parte de nossa ações.Lemos para solucionar problemas, nos informar, divertir , estudar, escrever ou revisar o próprio texto; é assim que acontece a leitura fora da escola.
Atualmente o desafio da escola é que os alunos(as) dominem as informações através da leitura que estejam preparados para enfrentar e lidar com a sociedade moderna e atual.
Para muitos educadores a alfabetização é a aquisição do sistema alfabético; para outros um processo pelo qual o educando se torna capaz de ler,compreender e se expressar por escrito.
Paulo Freire responde a pergunta: Para que alfabetizar?”{...} para que as pessoas que vivem numa cultura que conhece as letras não continuem roubados de um direito- o de somar á “leitura” que já fazem do mundo a palavra, que ainda não fazem (FREIRE apud BARRETO apud MORAES,2005)
a escola precisa ler para os estudantes o mais cedo possivel ,este é o cargo do professor(a) provocar situações para que de fato a leitura possa se dispor. “A leitura não é um luxo,nem uma obrigação; é um direito.”(FERREIRO/MORAES,2000).Proporcionar esse desafio e interação implicam e anunciam que os escritos nas aulas, cartazes, livros e em determinadas atividades fazem sentido.
Essa concepção tem surtido resultados em minha sala de aula; pois tenho proporcionado aos meus alunos(as) atividades e momentos que favorece aos mesmos o prazer em ler.
Para melhor esclarecer, trago uma experiência desse trabalho desenvolvido com meus alunos Jazon e Antônio, ambos com idade avançada e com dificuldade de leitura e escrita; pensando nessas questões procurei realizar atividades que chamassem atenção, que convidasse e estimulasse o desejo dos educando sobre a leitura, foi ai que resolvi colocar em prática o que havia aprendido nos encontros com a professora Geovana Zen.
Prôpos a turma um campeonato de leitura onde os mesmos teriam que ler o que lhes fosse possivél a sua capacidade e ao mesmo tempo desafiador, cada um escolhia um texto para ler e no dia seguinte socializaria para a turma, isso para os que já conseguiam ler convencionalmente, para os que ainda estavam começando o processo de leitura sugeri que escolhessem duas leituras que já fossem conhecidas por eles, assim a atividade seria desafiadora pois minha proposta seria eles identificar qual das leituras seria a solicitada por me no momento.
Aparentemente a dinâmica parecia tradicional, más naquele momento o que importava mesmo era os resultados e realmente estava fluindo resultados, os que já sabiam ler poderiam aperfeiçoar mais sua leitura e os outros como Jazon e Antonio os resultados foram maiores ainda, Jazon já consegue ler novas palavras, antes apenas memorizadas; quanto a Antonio , consegue ler frases e até pequenos textos , diante dessas conquistas me aproprio de uma fala de Paulo Freire que diz:

O velho que preserva sua validade
ou que encarna uma tradução
ou marca uma presença no tempo continua novo.
(FREIRE,2009.pa.39)

Muitas vezes é melhor uma prática tradicional, do que uma nova dita sem você saber o que está fazendo.
Foi exatamente o que aconteceu, com a chegada do costrutivismo muita coisa tradicional foi deixada dentro de um baú e a maioria dos professores se perderam com o novo método sem saber de fato o que estavam fazendo, depois da fantástica aula de geovana o “velho” se fez novo deixando marcas significativas na vida de meus alunos e alunas.

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